quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O Reggae, o rasta e você!


RASTA e o REGGAE

O Reggae
"O Reggae não é um estilo musical comum. Ele traz junto dele um conjunto de filosofias e pensamentos, que fazem entrar em harmonia mente e alma. É capaz de envolver a alma completamente através de maravilhosos arranjos de melodia, que energizam, pulsam e vibram. As ligações entre o reggae e o movimento (religioso, filosófico, político) rastafari são grandes."
O texto acima não foi escrito por mim, mas por admiradores e "viciados" em Reggae. http://rastareggaerootsdownload.blogspot.com/

Mas o que vem a ser o Rasta?
O rastafarianismo, também conhecido como movimento rastafári ou Rastafar-I (rastafarai) é um movimento religioso que proclama Hailê Selassiê I, imperador da Etiópia, como a representação terrena de Jah (Deus). Este termo advém de uma forma contraída de Jeová encontrada no salmo 68:4 na versão da Bíblia do Rei James, e faz parte da trindade sagrada o messias prometido. O termo rastafári tem sua origem em Ras ("príncipe" ou "cabeça") Tafari ("da paz") Makonnen, o nome de Hailê Selassiê antes de sua coroação[1].
O movimento surgiu na Jamaica entre a classe trabalhadora e camponeses negros em meados dos anos 20, iniciado por uma interpretação da profecia bíblica em parte baseada pelo status de Selassiê como o único monarca africano de um país totalmente independente e seus títulos de Rei dos Reis, Senhor dos Senhores e Leão Conquistador da Tribo de Judah (título "roubado" de Jesus), que foram dados pela Igreja Ortodoxa Etíope.
Alguns historiadores, afirmam que o movimento surgiu, e teve posteriormente adesão,  por conta da exploração que sofria o povo jamaicano, o que favorece o surgimento de idéias religiosas e líderes messiânicos.
Outros fatores inerentes ao seu crescimento incluem o uso sacramentado da maconha ou "erva", aspirações políticas e afrocentristas, incluindo ensinamentos do publicista e organizador jamaicano Marcus Garvey (também freqüentemente considerado um profeta), o qual ajudou a inspirar a imagem de um novo mundo com sua visão política e cultural.
Chegando o final da década de 60 , muitos Rastas se viram em condições de extrema pobreza, banidos economicamente do sistema capitalista. Em sua maioria , os Rastas procuraram então se manter financeiramente através da arte, em especial o artesanato. É bem reconhecida a habilidade dos Rastas em esculpir peças de motivo africano; como máscaras, estátuas e símbolos bíblicos.
Mas onde melhor a cultura Rasta se propagou foi na musica, com o Reggae .
A industria fonografica jamaicana teve um avanço incrível nas décadas de 60 e 70, apenas pelo fato de varias bandas e cantores, todos Rastas, aparecerem no  cenário musical . O Reggae é tido pelos próprios Rastas como sendo a musica de Jah (Deus), primeiro por Ter a mesma batida do coração e depois pelas mensagens, com letras principalmente de caráter religioso e de protesto racial e político.
O movimento rastafári se espalhou muito pelo mundo, principalmente por causa da imigração e do interesse gerado pelo ritmo do reggae; mais notavelmente pelo cantor e compositor de reggae jamaicano Bob Marley.
Cracterísticas do Rasta
Estilo musical:
Reggae
Aparência:
Cabelos com rastas (Dreadlok), roupas coloridas e leves
Outras Características:
A cor vermelha simboliza a triunfante igreja dos Rastafari, representando também o sangue dos mártires que existem na história dos rastas.
O preto representa a cor dos africanos, dos quais descendem 98% dos jamaicanos.
O verde caracteriza a beleza da vegetação da Etiópia e da terra prometida, a África.
O amarelo é usado para simbolizar a abundância na sua terra natal.
Princípios: 
Fortes objecções em relação a alterações agudas da figura do ser humano, corte e penteado [do cabelo], tatuagem da pele, cortes da carne. 
São basicamente vegetarianos, dando uso escasso a certas peles animais, ainda assim proibindo o uso de carnes suínas de qualquer forma, peixes de concha, peixes sem escamas, caracóis, etc.
Não adoram nem aceitam mais nenhum Deus além de Rastafári, proibindo todas as outras formas de adoração, que consideram pagã, apesar de respeitá-las.
Acham que foram chamados e tem a obrigação de criar uma nova ordem mundial .
Seguem as leis da antiga Etiópia não importando em que países estejam.
O Reggae no Brasil:
Natiruts
Talvez, ao lado da Tribo de Jah, a banda mais famosa do reggae nacional. Letras na ponta da língua e publico fiel. Brasília.
Irie
Nos oito anos de estrada o Irie aprendeu a fazer um reggae de atitude, que passa pela MPB, Funk, Jazz, Maracatu e Rock. Santa Catarina.
Jaafa reggae
Belém do Pará mostra seus filhos em Jaafa Reggae. Banda de primeira linha, com jovens músicos com boas idéias e comprometimento. Boas vibrações...
Jah Live
A energia do reggae do planalto. Responsa com personalidade, e a certeza de um bom show. Brasília.
Jahcareggae
Eis uma das melhores bandas regueiras de Sampa.
Jai Mahal e os Pacíficos da Ilha
Banda pioneira do Reggae brasileiro que desde o ínicio dos anos 80 vem traçando seu trajeto. Passou por várias formações, mas nunca perdeu a sua essência. O primeiro trabalho ainda em vinil e foi mixado e prensado na Jamaica, justamente no território sagrado da Tuff Gong de Bob Marley.
Java Roots
A força do reggae do Espírito. Os estilos do reggae numa banda só. Consciência e maturidade. Espírito Santo.
Jualê
Essa banda é uma das pioneiras do reggae nacional. Formada em meados de 1985, a banda buscou mesclar o swing brasileiro com o soul, o african pop e é claro com o Reggae.
Karuara
Formada em meados de 1999 na cidade de Salvador, a Banda Karuara se destacou desde o início, vencendo festivais intercolegiais de música. Reggae vibrante e verbo solto.
Keyroga
Regueiro guerreiro do território mineiro.
Mamma Quilla
Reggae rolando em Londrina e ecoando forte em São Paulo e Rio de Janeiro.
Manitu
A mistura do Reggae, Ska e Rock dá em Manitu. Trabalho próprio, prestigiado e com experiência. Minas Gerais.
Maraca Manca
Rapaziada da zona Sul de Sampa que mostra um Reggae de variações sem perder a identidade. Cd novo chegando...
Maskavo
Conhecido em todo Brasil, o Maskavo segue sua estrada com um Reggae de primeria e boas letras. “Um anjo do céu...”. Brasília.
Mato Seco
A galera de São Caetano do Sul vem se projetando como um dos símbolos da boa geração. Bons shows e galera fiel.
Namastê
Banda de reggae fiel e com alguns prêmios na bagagem. Paraná.
Nativo Rasta
Banda paranaense que está lançando seu primeiro Cd. Juventude e profissionalismo caminhando juntos. Boa caminhada galera.
Nego Blue
 Músicas com temas ecológicos e declarações de amor a Ilha do Mel. Paraná.
Negril
Reggae da baixada . Rio de Janeiro.
Neto Trindade e o Bando da Lua
Mais uma banda que batalha o seu lugar ao sol. Neto e o Bando da Lua apresenta um repertório variado que inclui MPB e muito Reggae. O carisma é a marca dessa banda.
No Apartheid
Galera de respeito da cidade gaúcha de Novo Hamburgo. Fazem um Reggae cheio de positividade e boas vibrações. Músicos experientes e alto astral. Já tocaram com a galera do alto escalão, como Natirutz, Ponto de Equilíbrio, Pure Feeling, Produto Nacional e com a banda original de Peter Tosh, no “The Peter Tosh Celebration Tour”, realizado em 2004 na caital gaúcha. È mole...
Noção Rasta
Banda paulista que faz um bom Reggae influenciado pelos mestres da MPB.
Onda-R
Rapaziada  de Niterói. Som pulsante com letras inteligentes e bem boladas. Impossível ficar parado.
Palavra Terra
Com mais de nove anos de estrada o Palavra Terra (antigo Rastafari Mix), vem conquistando seu espaço misturando o ritmo jamaicano com as batidas brasileiras sem perder a raiz da filosofia Reggae.

Conclusão:

Quando estiver sentado em um barzinho, curtindo o som aparentemente inocente dessas bandas, tenha em mente que você está ligado, mesmo sem perceber, ao movimento filosófico ou religioso "Rastafari" e aos seus conceitos no mínimo estranhos.
Não é necessário passar a odiar o Reggae ou mesmo deixar de ouví-lo. Eu mesmo gosto de algumas bandas e algumas músicas, então o que proponho ao mostrar este lado do Reggae?
Proponho que você pare de aceitar "prato-feito" e admita que longe dos seus olhos e de seu conhecimento, existem muitas coisas aparentemente inocentes mas que representam comprometimentos que a maioria desconhece. Vamos deixar de lado a cultura da "alienação elitista" que forma o paradigma das nossas classes que se julgam mais intelectualizadas!
Como disse Paulo:
"Julgai todas as coisas, retende o que é bom"
(1 Tessalonicenses 5:21)

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